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Resenha | Todos os nossos ontens - Cristin Terrill


Editora: Novo Conceito
Páginas: 352
Estrelas: ✬✬✬✬

O que um governo poderia fazer se pudesse viajar no tempo?
Quem ele poderia destruir antes mesmo que houvesse alguém que se rebelasse?
Quais alianças poderiam ser quebradas antes mesmo de acontecerem?
Em um futuro não tão distante, a vida como a conhecemos se foi, juntamente com nossa liberdade. Bombas estão sendo lançadas por agências administradas pelo governo para que a nação perceba quão fraca é. As pessoas não podem viajar, não podem nem mesmo atravessar a rua sem serem questionadas. O que causou isso? Algo que nunca deveria ter sido tratado com irresponsabilidade: o tempo. O tempo não é linear, nem algo que continua a funcionar. Ele tem leis, e se você quebrá-las, ele apagará você; o tempo em que estava continuará a seguir em frente, como se você nunca tivesse existido e tudo vai acontecer de novo, a menos que você interfira e tente mudá-lo...


Eu estava passeando pelo Skoob quando vi que uma das minhas amigas estava lendo esse livro. Eu não o conhecia, mas não resisti à sinopse e só descansei depois de ler.

O livro começa com a protagonista, Em, acordando em uma cela. Na cela ao lado, Finn, seu "parceiro no crime". A personagem desenvolve uma obsessão pelo ralo de sua cela e não descansa até abri-lo. E é aí que ela descobre que essa é 14ª vez que está presa. Suas treze versões anteriores tentaram modificar o presente e falharam.

O livro intercala entre este presente, Em e Finn e um plano de escapar da prisão. E o passado de Marina, uma moça tranquila, desavisada, apaixonada pelo vizinho James, que é um prodígio, muito inteligente.

É difícil falar desse livro, explicar as duas realidades dele, mas lendo, fica tranquilo de entender. As duas histórias se desenvolvem ao mesmo tempo e se entrelaçam à medida que as páginas passam.

Eu gostei bastante desse livro, apesar de estar esperando uma coisa diferente. Quando eu li a sinopse, eu achei que o foco estaria nas modificações que o governo implementou através da máquina do tempo, porém, a história versa mais sobre como a máquina foi construída, com que propósitos, e na vida dos personagens centrais e como eles tentam destruí-la.

Repito, não era o que eu esperava. O que é praticado pelo governo com a máquina do tempo, para apagar o passado é mencionado só de relance, uma única vez de maneira direta.

A história em si fala bastante dos porquês de fazermos o que fazemos, as escolhas diárias que fazemos que acabam nos tornando quem somos. As motivações por trás de vilões e de mocinhos.

Uma coisa que me incomodou foi ter muito romance. Sinceramente, não precisava de um plot romântico para fazer a história render e quem sabe, se ele não existisse, a autora teria mais páginas para explorar outros aspectos do livro.

De qualquer forma, é uma distopia bem diferente (em termos de história, porque em termos de personagens...) que eu gostei de ler. É super rápida e você quer saber o que vai acontecer em seguida, uma história do passado, encadeia uma do "presente" e toda essa brincadeira com o tempo são bem legais.  



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