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Resenha | Mate-me quando quiser - Anita Deak


Editora: Gutenberg
Páginas: 248
Estrelas: ✬✬✬✬
Publicado em 2014.


Decidindo que sua vida deveria chegar ao fim, mas sem coragem de cometer suicídio, uma mulher contrata Soares, um matador de aluguel. Resolve que sua morte acontecerá na bela cidade de Barcelona, e para isso envia ao seu futuro algoz a passagem de avião e o endereço de onde ficará na Espanha. Ele deverá matá-la no prazo de quatro meses, quando for mais conveniente. Junto com o pagamento, manda também uma foto sua, para que ele saiba quem ela é. Mas ela não quer saber como é a aparência de seu matador. O destino, porém, nem sempre cumpre à risca os planos que costumamos traçar para ele.


Este é um daqueles livro com título fantástico, não? Assim que o conheci, morri de vontade de ler. Além do título, a capa é linda e a quarta capa em formato de postal, me encantou.

Ao contrário do que possa parecer, o livro não trata dos motivos que levaram a personagem principal a decidir terminar com a própria vida, pelo menos, essa não é a temática principal. O que acontece neste livro é mais curioso.

Ao chegar em Barcelona, seu decidido local de morte, a personagem vai a um café e acaba curiosa com a vida de um dos homens lá presentes, o segue e, naquelas reviravoltas da vida, torna-se amiga da mulher deste homem.

Ou seja, a personagem acaba entrando no drama deste homem. Que é casado e tem um filho, mas que também tem uma amante. E vive a vida dividido nas duas rotinas, tentando conviver com ambas as mulheres, que não sabem uma da outra.

Ainda, seu assassino a segue enquanto ela persegue o triângulo. Então, o livro, na verdade, trata bastante dos julgamentos que fazemos da vida das outras pessoas, pois acompanhamos tanto as impressões que a personagem-suicida tem a respeito do relacionamento do homem misterioso, como as impressões do assassino ao ver sua vítima perseguindo estas pessoas. Confuso? Mas na verdade não é. É interessante e gostoso de ser lido.

Embora o livro não tenha seguido a temática que eu acreditei que ele iria, eu gostei muito da leitura. É um livro diferente e traz sentimentos muito variados, seja a depressão da personagem, as angústicas do assassino, o grande amor entre os membros do triângulo, tristeza por algumas cenas que acontecem (especialmente perto do final). 

Ah, e é daqueles em que nenhum ou quase nenhum personagem é nomeado, o que eu adoro! Acredito que sem a barreira do nome, podemos nos enxergar melhor nos personagens, nos colocar em seus lugares. Creio que somente o assassino e o dono da cafeteria sejam nomeados no livro, mas posso ter deixado passar alguma coisa.

Portanto, eu gostei muito da leitura e recomendaria para quem se interessou. Seja pela história, pelos personagens ou pelas "viagens" que a temática acaba trazendo ao leitor.

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